sábado, 18 de março de 2017

Filmes dos anos 90- Parte 7

última década do séc 20 trouxe as boy bands, e destaque a Nirvana, Pearl James e Michael Jackson entre outros, o primeiro livro da série Harry Potter, etc e foi também impactante no cinema.
Alguns dos filmes mais marcantes desta década são:

Trainspotting (1996)- A jornada de Mark Renton e os seus amigos pelo incrível mundo da heroína. Acompanhamos o seu dia-a-dia que consiste em desistir diversas vezes e voltar horas depois, roubar para se sustentarem, ir aos clubes, passear pelas ruas, e escapar das entrevistas de emprego (eles tem os cheques da segurança social). Renton (Ewan McGregor) tenta desistir mas com o bêbado psicopata Franco (Robert Carlyle), o obcecado pelo James Bond Sick Boy (Johnnu Miller) e o desastrado Spud (Ewen Bremner) outros "junkies" que tem como amigos acaba por ser complicado manter-se fora de problemas. Um filme totalmente anti-drogas mas não num jeito de sermão, engraçado, perturbador, cheio de personagens não gostáveis mas carismáticas, crítica o sistema de Saúde, a sociedade (para que é que irão desistir da droga para as grandes televisões? ou para a fast food?) claro criticando o submundo também. O diretor tem estilo, a música pop acompanhada por cada uma dos melhores momentos, frammes como os de Renton a mergulhar na sanita, tem cenas bem incomodativas e dificeis de assistir (deviam mostrar a recuperação do Renton no seu quarto ás crianças para as manterem afastadas das drogas) é rápido, totalmente subsirvo e fervoroso.

Os Condenados de Shawshank (1994)- Quando Andy entra pelas portas de Shawshank, Red, preso há 20 anos repara imediatamente nele e aos poucos forma-se uma bela amizade, que dará ao inocente o necessário para ter esperança. Vai-se entretendo com os cursos que dá, o seu projeto e hobby, solitária.. O mundo é injusto, os inocentes estão presos e verdadeiros criminosos à solta, e por isso sempre é tão delicioso ver os filhos da mãe a aprenderem "O julgamento dele virá mais depressa do que pensas..". Vemos também as condições destes sítios, que na verdade envês de tornar os prisioneiros em cidadãos que reentrarão na sociedade, destroem-lhes a alma e toda a vontade ao ponto dos próprios não quererem sair. Por isso, o sentimento de revolta não nos larga e o de horror também (cuidado com o susto pregado pelo diretor Dara ai para o fim). No elenco está Tim Robbins, homem calmo "sem uma preocupação no mundo" tanto que assusta alguns e surpreende outros, Morgan Freeman, o homem mais sábio e sensato de lá, talvez a minha dupla preferida de sempre, Bob Gunton, James Whtimore, etc. Adaptado de uma short story de Stephen King, nomeado para 9 óscares entre eles melhor filme. Ninguém está mal, inspirador (literalmente diz enfrentem a merda e chegarão ao vosso destino) e realista, com o final mais prazeroso do mundo, daquelas que não morrem.


A Vida em Direto (1998)- Aos olhos d'um mundo que não quer mais atores e efeitos especiais, um mundo que quer a realidade, que quer pessoas a reagir sinceramente a um momento, cresceu Truman. Já nasceu estrela de televisão vigiado por todo o lado,  sem ter qualquer ideia. Adulto, Truman começa a desconfiar da verdade quando associa uma luz caída, o desaparecimento estranho do amor Sylvia (Natascha McElhone) que nunca esqueceu, entre muitas outras coisas. É aterrorizante, mentiram-lhe toda a vida, os próprios pais, criaram-lhe medos e grandes traumas, tornando-o apenas num brinquedo nas mãos do entretenimento. Acabamos a pergutarmo-nos será que a nossa realidade também é uma mentira, será que estamos a ser vigiados também (sim, pela cia mas é outra conversa), se nós descobrissemos que a nossa realidade é uma mentira quererimos mesmo mudá-la?, muitaas questões. Todas as decisões de direção são tomadas para que o filme se sinta um reality show, notam-se as câmaras, temos direto e absoluto contacto aos sentimentos de todos e de cada um e assim refletimos se não estamos a caminhar para lá.  Clicando no play entramos numa viagem intensa, emocionante e eventualmente motivador sobre a busca de Truman pela verdade. Audacioso filme, cheio de excelentes interpretações, definitivamente um marco na história, protagonizado por Jim Carrey, concerteza um dos mais acertados para o papel.


sábado, 4 de março de 2017

Vicky Cristina Barcelona

Em Barcelona, estão duas americanas em férias. As amigas, Cristina, que veio para fugir do fracasso do filme em que tanto trabalhou e talvez para encontrar novos amores e Vicky, vem nesta viagem para estudar mais sobre o curso em que se está a formar identidade catalã. Quando no salão de arte em que estão com Judy e Mark parentes afastados da Vicky, Cristina avista exatamente aquilo que procura Juan Antonio, um pintor com uma vida conturbada ex-marido de alguém que o tentou matar, então mais tarde quando ele a convida e a sua amiga para irem a Oviedo com ele, enquanto Vicky a mais com os pés na terra recusa, Cristina já está a imaginar a aventura.
Nesse fim-de-semana a Vicky passa a gostar mais de Juan e depois da Cristina ter de ficar de cama, ela percebe o quanto gosta dele. Mas ela vai casar e como Juan não se quer intrever no casamento, ele salta para a Cristina. Os dois acabam-se por dar bem, eles falam a mesma linguagem a do sentimento, da vida insegura, rebelde, ao contrário do que a sociedade pensa achar certo. Tudo estava a correr bem, Cristina estava a achar que sentia que tinha finalmente encontrado o que queria (menos para a Vicky que agora sentia que a sua segurança Doug não era o que ela queria) até que chega Maria Elena, a sua ex-mulher maravilhosa mas com quem o seu relacionamento não resultava, visto ela ser problemática. 
Em paisagens espanholas, ambientadas pelas obras de Gaugin, Miró, temos uma confusão no amor, todos os conceitos dão errado, como em muito filme de Allen tudo dá errado. Vicky descobre que algo seguro talvez não chegue, ficando perdidamente a sonhar com o pintor, Cristina não quer a relação a três em que se meteu, mesmo não sabendo o que quer mas tem a perfeita noção do que não quer mais e Antonio parece fadado a não conseguir dar certo com ninguém. Afiadas questões sobre as relações, o amor e a vida, tudo isto acompanhado da guitarra espanhola, por qual Vicky estava muito apaixonado. Scarlett traz a sensualidade e perversidade para uma personagem aventureira, Bardem é o típico artista torturado com a barba por fazer, que se resignou que a vida não tem qualquer sentido (ambos foram os primeiros a serem pensados para os seus papéis), Rebeca Hall está muito bem na "pessoa normal" e Cruz vive a cima das expectativas criadas por Juan Antonio desde que aparece, todo o cast tem uma química e energia perfeita. 
Estamos rodeados por arte, belas sítios, boa música, e uma boa aventura. Vamos ter a sensação já vi isto várias vezes mas eu garanto é uma boa companhia.

Elenco: Scarlett Johansson (Rapariga com Brinco de Pérola), Penélope Cruz (Voltar), Rebeca Hall (O Terceiro Passo), Javier Bardem (Mar Adentro), Patrícia Clarkson (Ela é Fácil), Chris Messina (Argo)
Escrito e dirigido por Woody Allen
Ano: 2008

Curiosidades:
  • Javier Bardem e Penélope Cruz interpretam um casal divorciado no filme. Na vida real eles começaram uma relação enquanto trabalhavam no filme e casaram em Julho de 2010;
  • Para as cenas em que Juan e Maria falam espanhol um com os outros, os atores foram encorajados para improvisar;
  • O filme inclui várias pinturas pelo artista catalão Agusti Puig. Puig foi contratado para criar uma pintura para o filme, e o resultado foi La Protectora mas não foi usado no set;

Trailer (sem legendas)

sexta-feira, 3 de março de 2017

Cinema dos anos 50/60- Parte 3

As últimas décadas da era de ouro do cinema com a música clássica a acompanhar cada cena e que trouxe dos mais brilhantes romances, musicais, dramas e tudo mais. Algumas das obras que ficaram para a história foram:

A Minha Linda Lady (1964)- Com maravilhosos números (vou me lembrar de I could have dance all night para sempre) este lindo e voraz crítico das diferenças sociais, etc, musical foi protagonizado por Audrey Hepburn (memorável) como uma vendedora de flores encontrada por o famoso linguista Professor Henry Higgins (Rex Harrison) um amante fervoroso do inglês que apostou com o Conde Pickering (Wilfrid Hyde-White) que conseguíria em seis meses torná-la uma lady e levá-la para uma festa no palácio onde ela não seria desmascarada. Brilhante até aos ultimos 50 minutos que são desnecessários mas merecedor vencedor de melhor filme, melhor ator, entre outros prémios técnicos graças a tão lúdica, colorida (o que este musical mais tem cor) maneira que distinguem um mundo do rico e do pobre. 

Psico (1960)- Alguns dizem a obra-prima de Alfred Hitchcock, tem como protagonista Marion Grane (Janet Leigh), uma secretária que rouba dinheiro do chefe num impulso, para poder se casar com o namorado Sam Loomis (John Gavin). Quando a caminho da sua loja para, por causa do mau tempo, no Bates Motel. As únicas pessoas que lá estão são uma mãe mentalmente desabilitada e o filho Norman (Anthony Perkins) (personagem em que é focado a excelente série com Freddie Highmore) que vive para ela e o embalsamento de pássaros. Mais tarde Marion é dada como desaparecida e Arbogast (Martin Balsam um detetive é contratado para a encontrar, rapidamente todo começa a apontar para o nervoso, inseguro Bates. É um pesadelo a preto e branco, dividido em 2 partes a 1ª uma fuga, outro um mistério envolvendo um estranho homem. Nomeado para melhor atriz, diretor, cinematrografia e direção de arte, (porque não banda sonora?) é um brilhante horror/thriller necessário com um dos finais mais wtf de sempre.

A Roda da Fortuna (1953)- Fred Astaire é Tony Hunter uma estrela de cinema e dançarino famoso esquecido pelo público é posto numa peça com uma jovem que dizem com um futuro brilhante pela frente, um espetáculo governado por Cordova (Jack Buchanan). Este insiste em transformar a leve e divertida peça escrita pelos amigos de Hunter (Oscar Levant e Nannete Fabray) num tragédia. E dias dificeis vem pela frente na carreira desta estrela cadente (curiosamente exatamente como estava Astaire na época). Oh!, os musicais a moda antiga os deliciosos números de dança, as animadas cantorias, que Vincent Minneli homenageia quase adivinhando o fim do musical que dá lugar as obras de mais substância. Honra estes filmes leves sem uma grande mensagem (nenhuns Faustão) mas que divertem e fazem felizes toda a gente. Exatamente como a peça destes esta é uma diversão que mais tarde não nos lembraremos, estrelado por Cyd Charisse que não se deixa ofuscar pelo grande nome do filme (que faz grandes momentos como a Shine in your Shoes).

quarta-feira, 1 de março de 2017

A Corda

"Bom e mau foram feitos para os homens vulgares que precisavam deles", frase esta proferida pelo mesmo homem que acredita que os privilegiados os superiores, tem todo o direito de assassinar aqueles de vidas insignificantes, no filme de 1948 de Hitchcock, um dos "perdidos" do diretor. Um dos que fazem parte dos que o diretor comprou os direitos para que as suas obras não fossem vistas de maneira alguma, e o público só voltou mesmo a vê-las com a sua morte na década de 80. Este é sobre Philip e Brandon que cometem o crime perfeito, assassinaram o seu amigo David sem falha alguma, pelo simples prazer de o fazer. Levemente baseada na história dos dois famosos homicidas Nick Loeb e e Nathan Leopold, é passada na festa que os protagonistas dão para celebrar o seu crime. Os convidados são o pai e tia de David (Cedrick Hardwicke e Edith Evanson), a amiga Janet (Joan Chandler)  que estava praticamente de casamento marcado com David, o seu amigo Kenneth (Douglas Dick) ex-namorado de Janet, e um antigo professor dos dois homicidas, que sempre lhes ensinou " O homicídio é um crime para uns e um privilégio para outros". Temos John Dall com um particular senso de humor mórbido, com um sádico personagem, carisma para dar e vender tal como autoconfiança e em contraponto Farley Granger, completamente assustado, durante todo o filme está a morrer de medo de ser apanhado, em posição defensiva. James Stewart está aqui também como a antigo professor dos assassinos que serve como um detetive, personagem que nem nós nem eles sabemos como vai reagir se ou quando descobrir a verdade. Baseado numa peça de teatro o diretor insiste em fazê-lo parecer como tal gravando-o com longos planos de sequência, não normal para a época, algo que mais tarde foi descrito como uma exibição pelo próprio diretor, uma experiência que não deu certo algo que praticamente todo o mundo discorda. É também passada em tempo real os 80 minutos são o tempo do jantar (exceto um salto de 20 minutos que nem o mais minucioso repara). Nós somos levados para este jantar com interessantes personagens, particularmente um incrivelmente vil e narcisista no entanto charmoso, queremos saber quando e como vai resultar a sua experiência, e entretemo-nos com o jogo de rato e gato entre Brandon e Rupert acaba, o primeiro vai dando pistas ao outro já que quer que ele saiba o que aconteceu mas quer que ele descubra sozinho. Seguimos em frente graças a um prespicaz diálogo que aos poucos vai revelando novas coisas e carismáticas performances. 
Chegamos a passar pelo amigo aborrecimento, mesmo com o mestre do suspense a comandar graças a durante todo o filme não sentirmos qualquer espécie de intriga ou mistério no ar, porque ninguém menos Rupert desconfia deles (e até esse demora um bocado), eles estão sempre a falar que o Brandon tem algo a ver com o desaparecimento do David mas nunca sentimos que estão prestes a descobrir como. O roteirista Arthur Laurents a quem originalmente o diretor tinha dito que não mostraria o assassinato no inicio criando a dúvida se eles cometeram mesmo um homicidio ou se a arca tinha um corpo, secalhar teria sido uma melhor opção. É essencialmente a obra certa para observar uma mestria técnica, muito a frente do seu tempo que chega ao ponto de conseguir fingir toda uma cidade num estúdio.

Curiosidades:
  • Primeiro filme colorido de Alfred Hitchcock;
  • Foi banido num vasto número de cidades americanas graças a ligeiramente insinuada homossexualidade de Philip e Brandon;
  • Arthur Laurents diz que o elenco costumava tratar a atriz que interpretou a empregada como tal;
  • Como o tempo de filmagem era tão longo, toda a gente fez o possível para não cometer qualquer erro, uma camera dolly chegou a passar por cima de um cameraman, mas para continuar a filmagem ele foi silenciado e afastado. Noutro momento, uma mulher poisa os seus óculos mas engana-se e não a mete na mesa. Uma mão teve de a apanhar antes que batesse no chão. Ambos filmagens manteram-se nos cortes finais;
  • Hitchcock faz uma cameo, caminhando ao longo da rua durante os créditos inicias, o seu perfil aparece também numa publicidade neon visovel pelo apartamento aproximadamente no minuto 55.
Trailer (sem legendas)