sábado, 25 de fevereiro de 2017

Mulheres do Século XX

Indicado ao oscar de melhor roteiro, este é definitivamente um dos esnobados do ano para melhor filme. Um completo auto reflexivo filme sobre uma mulher nascida na Grande Depressão e o seu filho, um adolescente que cresce na época das drogas, do Nixon, da guerra do Vietname, que vivem com uma fotografa desiludida Abbie (Greta Gerwing) e William (Billy Crudup). Elle Fanning completa o elenco principal com Julie, uma adolescente perdida (como toda esta gente), festiva em quem Jaime tem uma enorme paixão. Jamie está a crescer a mãe, Dorothea Fields não sabe mais como o perceber, o que fazer então pede ajuda a amiga dele e a Abbie, o que elas lhe indicam é um caminho que leva a descoberta do mundo lá fora (perigoso), sai a noite, bebe, e descobre sobre as mulheres. As mulheres que querem sair das concepções onde até então estavão inseridas, querem poder não servir não só para o que os homens acham mas também para as regras que as mulheres mais velhas transmitem as mais novas, a quantidade de coisas que dizem é errado ser feitas e o problema de falar abertamente sobre elas. O seu maior tema é o amor, e a liberdade, entra também no feminismo e sobre o tempo o futuro e as alturas dificeis de passar, quem está lá para passá-las contigo e secalhar ja não estarão depois.
Fotografia linda, uma tumblr foto, flashs psicodélicos nas viagens, vão aparecendo polaroids, imagens, vídeos (o discurso da crise de confiança de Carter essencial na mensagem do filme) para nos enquadramos em cada um dos momentos importantes para cada uma destas pessoas. Crudup (Quase Famosos, O Grande Peixe), muito bom já tinha saudades de o ver em grandes filmes e Annette Bening (Beleza Americana, Uma Noite com o Presidente) que interpreta a mãe de Mike Mills (igualmente diretor e roteirista de Assim é o Amor) sendo esta uma semi-autobiografia e interpreta perfeitamente esta sozinha e independente melhor, temos aqui uma boa estreia no cinema para Lucas Jade Zumann e Elle Fenning (Maléfica) e Greta Gerwing (Frances Ha) também estão bem. Tocantes e honestos diálogos que dizem demasiadas coisas para enumerar tudo e personagens complexas e de quem gostamos.
Não tem um tão dificil conflito, nem uma tão grande história. E simplesmente um filme sobre a vida, musica, filmes, momentos e pessoas. Entretêm faz pensar e é daqueles para rever.

Curiosidades:
  • Durante os ensaios, o elenco foi encorajado a trazer música que as suas personagens ouviriam. Depois para encorajar a familariedade dentro do elenco, haveria uma festa de dança onde a única regra foi que toda a gente tinha de dançar, não interessava a música que era;
  • Como a sua personagem é baseada na mãe do diretor, Bening viu muitos dos filmes preferidos de Mills, incluindo A Porta das Estrelas (1937) e filmes estrelados por Humphrey Bogart, cujo um deles Casablanca aparece no filme.

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