terça-feira, 11 de abril de 2017

Brooklyn

Esta é a história de Ellis, uma rapariga inteligente e esforçada que emigra de Irlanda, para a América mais especificamente Broklynn aparentemente o sítio para onde vão todos os irlandeses. Inicialmente é dificil adaptar-se graças as saudades de casa mas isso rapidamente passa ao conhecer Tony. Presente num baile irlandês, ele salva-a de ter de estar com a Dolores, a nova rapariga e juntos caminham em direção a sua casa. Marcaram encontro para o sábado seguinte e depois encontram-se no sábado a seguir e no a seguir. O tempo passou, a Ellis já estava habituada ao trabalho e as aulas de contabilidade estavam a correr muito bem então ela não teria de ficar no seu trabalho para sempre e o romance com o Tony está a levantar voo. E aí uma tragédia acontece e tudo muda. Eilis volta para a sua casa que na verdade ja não sabia como tal mas não sem antes se casar com Tony. O problema é, que agora voltou a casa e as oportunidades aparecem e um futuro aqui parece possível e assim Eilis se vem numa indecisão brutal.
Secalhar a história de vários avós que tiveram que imigrar para construir uma vida, secalhar a futura história de muitos jovens de agora, com a diferença de toda a importância do casamento. Por ser uma história que nós já conhecemos cria definitivamente uma empatia com Eilis, já todos sentimos saudades de casa e perdidos mas para tal também ajuda a elegante e emocionante interpretação de Saiorse Ronan, os olhos dela transmitem exatamente o que está a pensar no momento. Emory Cohen está excelente também não é dificil de perceber porque é que a Eilis se apaixonou por ele, Jenna Brennan é a mãe a sofrer da solidão, o seu peso sobre as costas é claro e a sua tristeza também. Comandado por um diretor que trata a história de uma maneira antiga mas especialmente delicada, o ambiente nos anos 50 é criado de uma maneira nostálgica com as cores vibrantes, a maquilhagem e toda a animação (é um prazer ver os fatos de banho, a antiga marca de coca cola, os óculos, os cabelos) conseguindo ao mesmo tempo que seja uma história universal não presa a qualquer a tempo. Não nos dá uma resposta muito convincente porque a maneira como é resolvido o conflito é muito desajeitada (com uma das vilãs mais caricatas) mas talvez não pudesse, talvez não houvesse uma resposta certa. Cada um tem uma opinião própria, nada é certo, mas no meio de tanta dúvida ficamos felizes pela Eilis ter encontrado o seu lar.
É um deleite.

Elenco: Saiorse Ronan (Grand Budapest Hotel, Expiação), Emory Cohen (Como um Trovão, OA), Domhnall Gleeson (Ex- Machina, Dá tempo ao tempo)
Dirigido: John Crowley e escrito por Nick Hornby adaptado do livro de Colm Tóibín do mesmo nome
Ano: 2015

Curiosidades:
  • Saoirse Ronan estava a receber uma manicura em Dublin quando ele descobriu que ela recebeu uma nomeação dos Globos de Ouro para a sua atuação no filme. No meio de toda a excitação, ela comprou champagne para toda a gente no salão;
  • Ronan queria manter o fato de banho verde usado no filme. O diretor brincou que o fato estava preso numa licitação entre a assembleia de Brooklyn e Irlanda, e que a última a queria usar como a nova bandeira nacional;
Trailer

domingo, 9 de abril de 2017

Forrest Gump

Num tempo onde todos lutavam uns com os outros, onde se começavam a falar de questões relacionadas com o sexismo, o racismo, a guerra e a desnecessecidade para tal na América, crescia em Alabama Forrest Gump. Um homem que nasceu atrasado por assim dizer, um pedaço de inocência e de bondade lançado no mundo, e que teve uma vida particularmente interessante. Nasceu aleijado mas ainda criança libertou-se das suas chapas e passou a correr como o vento, mas não antes de mostrar a um simpático jovem que esteve uns tempos com ele e a sua mãe como dançava, homem que mais tarde ele descobriu ser Elvis Presley. Na faculdade, entrou na equipa de futebol americana, conheceu o presidente Kennedy e teve a oportunidade de lhe comunicar quando estava cara a cara com ele que tinha de ir fazer chichi, ele também esteve lá quando foram admitidos pela primeira vez dois negros numa faculdade de brancos. Mais tarde decidiu que o seu futuro iria passar pelo militar, ironicamente era a perfeição para ele, lá conheceu o seu melhor amigo Bubba com quem iria formar uma parceria no negócio do camarão assim que saissem da guerra do Vietname. Enquanto fazia todos estas coisas pensava na Jenny, a sua melhor amiga e verdadeiro amor desde sempre, a princesa da história. Uma menina que sofreu com violações fisicas e verbais do pai, que ficou encarregada a uma avó com quem tinha problemas e mal se viu livre já não tinha como escapar dos seus traumas. Ela andava por todo o lado, ela ia vivendo com as pessoas que conhecia no caminho, um verdadeiro modelo da contracultura. Os dois iam se encontrado mas rapidamente se separavam. Forrest foi ainda um herói de guerra, inspirou o smile, uma das frases mais famosas de sempre, correu por 3 anos, etc.
Um clássico americano, um icone, que conta a história deste país durante várias décadas durante uns tempos dificeis e talvez os mais interessantes. Há dois dias vi um documentário sobre a televisão dos anos 70 por curiosidade produzido por Tom Hanks, que explicou o sucesso de Happy Days segundo percebi uma leve e engraçada sitcom inspirado nos anos 50, porque a população estava por aqui com assuntos sérios. O tempo em que se passa este filme... E alguns criticam-no por ceder a essa vontade que a população teria naquele tempo, de não falar seriamente das coisas que se passam, curiosamente é uma das coisas que mais gosto. A maioria dos acontecimentos são contados numa paragem de autocarro para quem quer ouvir, o movimento hippie, da guerra do vietname, de vários assassinatos, de uma maneira engraçada, inocente mas inteiramente prespicaz é uma delicia ouvir as histórias do Forrest, nem parece ser o que se dá nas aulas de historia. Na crítica do ccine 10 e de Ebert estava escrito como a Jenny que pode representar a sociedade da contracultura anda separa de Forrest que segue o caminho que a vida lhe indica se juntam no final quase como uma harmonia perfeita, quando o país está finalmente em paz. Um final poético que sim tem coisas a dizer, simplesmente de uma maneira bonita. 
Se Robert Zemeckis sabe fazer algo é, para além de fazer bons filmes com o Tom Hanks, efeitos especiais com que conseguiram incluir Hanks em momentos históricos na televisão, ele está lado a lado com Jonh Lennon, ele aperta aos mãos de vários presidentes, (mostra o seu rabo a um deles, para que teres tanto trabalho se não for para criar momentos como estes), eles removeram pessoas, trabalharam com o pano verde,..., usaram a chrona key, etc, criaram bolas de pingpong em CGI. As interpretações são excelentes, temos também Gary Sinise, que ainda esteve com Hanks em outros dois filmes (o Gump tornou-se capitão e os dois foram astronautas), a química de ecrâ entre o par é excelente e ele dá uma profundidade importante, traz um dos sentimentos principais da época mais do que triste ele está perdido já não tem que fazer da vida. É um bocado dificil descrever que papel Tom Hanks está a fazer porque não há ninguém como Gump (como Roger Ebert disse) e por isso é tão especial. Claro, não é perfeito lá para a última meia hora já começamos a olhar para o relógio e por muito que leia e pesquise não entendo o propósito das cenas idênticas. 
Tem múltiplas interpretações, marcou uma história e faz parte de muitas vidas isso é o que grandes fazem, that´s all I have to say about it.

Elenco: Tom Hanks (O Resgate do Soldado Ryan, Terminal de Aeroporto), Sally Field (Papá para Sempre, Lincoln), Robin Wright (A Princesa Prometida, House of Cards), Gary Sinise (Apollo 13, A Espera de um Milagre)

Dirigido por Robert Zemeckis e escrito por Eric Roth adaptado do romance de Winston Groom
Ano: 1994

Curiosidades:
  • O discurso do Forrest no protesto em Washington contra a guerra do Vietname é, segundo Tom Hanks "Algumas vezes quando as pessoas vão para o Vietname, eles voltam para casa para as suas mães sem pernas. Algumas vezes eles não chegam a casa. Isso é uma coisa má. Isso é tudo o que eu tenho a dizer sobre o assunto;
  • Em todas as transições de idade de Forrest uma coisa permanece, a sua camisa azul;
  • Depois de muito pensar Hanks modelou o seu sotaque de acordo com o de Michael Humphreys que falava daquela maneira;
  • Uma das sequêcias deixadas de fora envolvia Forrest a correr para Martin Luther King Jr., Forrest distrai vários cães tentando ataca-lo e aos seus apoiantes, jogando ao apanha com eles;
  • O ator que interpreta o reporter que entrevista Gump quando ele está em Washington era um turista de Georgia. Enquanto lá estava com a sua mulher ele foi convidado a ler para o papel;
  • A cena em que Forrest corre durante 3 anos foi inspirado num acontecimento real. Em 1982, Louis Michael Figueroa, correu desde Nova Jérsia até São Francisco para sociedade americana do cancro, inspirando uma fala de Forrest Gump "Quando estou cansado, eu durmo. Quando tenho fome, eu como. Quando tenho de ir a casa de banho, eu vou".
Trailer (sem legendas)

sábado, 18 de março de 2017

Filmes dos anos 90- Parte 7

última década do séc 20 trouxe as boy bands, e destaque a Nirvana, Pearl James e Michael Jackson entre outros, o primeiro livro da série Harry Potter, etc e foi também impactante no cinema.
Alguns dos filmes mais marcantes desta década são:

Trainspotting (1996)- A jornada de Mark Renton e os seus amigos pelo incrível mundo da heroína. Acompanhamos o seu dia-a-dia que consiste em desistir diversas vezes e voltar horas depois, roubar para se sustentarem, ir aos clubes, passear pelas ruas, e escapar das entrevistas de emprego (eles tem os cheques da segurança social). Renton (Ewan McGregor) tenta desistir mas com o bêbado psicopata Franco (Robert Carlyle), o obcecado pelo James Bond Sick Boy (Johnnu Miller) e o desastrado Spud (Ewen Bremner) outros "junkies" que tem como amigos acaba por ser complicado manter-se fora de problemas. Um filme totalmente anti-drogas mas não num jeito de sermão, engraçado, perturbador, cheio de personagens não gostáveis mas carismáticas, crítica o sistema de Saúde, a sociedade (para que é que irão desistir da droga para as grandes televisões? ou para a fast food?) claro criticando o submundo também. O diretor tem estilo, a música pop acompanhada por cada uma dos melhores momentos, frammes como os de Renton a mergulhar na sanita, tem cenas bem incomodativas e dificeis de assistir (deviam mostrar a recuperação do Renton no seu quarto ás crianças para as manterem afastadas das drogas) é rápido, totalmente subsirvo e fervoroso.

Os Condenados de Shawshank (1994)- Quando Andy entra pelas portas de Shawshank, Red, preso há 20 anos repara imediatamente nele e aos poucos forma-se uma bela amizade, que dará ao inocente o necessário para ter esperança. Vai-se entretendo com os cursos que dá, o seu projeto e hobby, solitária.. O mundo é injusto, os inocentes estão presos e verdadeiros criminosos à solta, e por isso sempre é tão delicioso ver os filhos da mãe a aprenderem "O julgamento dele virá mais depressa do que pensas..". Vemos também as condições destes sítios, que na verdade envês de tornar os prisioneiros em cidadãos que reentrarão na sociedade, destroem-lhes a alma e toda a vontade ao ponto dos próprios não quererem sair. Por isso, o sentimento de revolta não nos larga e o de horror também (cuidado com o susto pregado pelo diretor Dara ai para o fim). No elenco está Tim Robbins, homem calmo "sem uma preocupação no mundo" tanto que assusta alguns e surpreende outros, Morgan Freeman, o homem mais sábio e sensato de lá, talvez a minha dupla preferida de sempre, Bob Gunton, James Whtimore, etc. Adaptado de uma short story de Stephen King, nomeado para 9 óscares entre eles melhor filme. Ninguém está mal, inspirador (literalmente diz enfrentem a merda e chegarão ao vosso destino) e realista, com o final mais prazeroso do mundo, daquelas que não morrem.


A Vida em Direto (1998)- Aos olhos d'um mundo que não quer mais atores e efeitos especiais, um mundo que quer a realidade, que quer pessoas a reagir sinceramente a um momento, cresceu Truman. Já nasceu estrela de televisão vigiado por todo o lado,  sem ter qualquer ideia. Adulto, Truman começa a desconfiar da verdade quando associa uma luz caída, o desaparecimento estranho do amor Sylvia (Natascha McElhone) que nunca esqueceu, entre muitas outras coisas. É aterrorizante, mentiram-lhe toda a vida, os próprios pais, criaram-lhe medos e grandes traumas, tornando-o apenas num brinquedo nas mãos do entretenimento. Acabamos a pergutarmo-nos será que a nossa realidade também é uma mentira, será que estamos a ser vigiados também (sim, pela cia mas é outra conversa), se nós descobrissemos que a nossa realidade é uma mentira quererimos mesmo mudá-la?, muitaas questões. Todas as decisões de direção são tomadas para que o filme se sinta um reality show, notam-se as câmaras, temos direto e absoluto contacto aos sentimentos de todos e de cada um e assim refletimos se não estamos a caminhar para lá.  Clicando no play entramos numa viagem intensa, emocionante e eventualmente motivador sobre a busca de Truman pela verdade. Audacioso filme, cheio de excelentes interpretações, definitivamente um marco na história, protagonizado por Jim Carrey, concerteza um dos mais acertados para o papel.


sábado, 4 de março de 2017

Vicky Cristina Barcelona

Em Barcelona, estão duas americanas em férias. As amigas, Cristina, que veio para fugir do fracasso do filme em que tanto trabalhou e talvez para encontrar novos amores e Vicky, vem nesta viagem para estudar mais sobre o curso em que se está a formar identidade catalã. Quando no salão de arte em que estão com Judy e Mark parentes afastados da Vicky, Cristina avista exatamente aquilo que procura Juan Antonio, um pintor com uma vida conturbada ex-marido de alguém que o tentou matar, então mais tarde quando ele a convida e a sua amiga para irem a Oviedo com ele, enquanto Vicky a mais com os pés na terra recusa, Cristina já está a imaginar a aventura.
Nesse fim-de-semana a Vicky passa a gostar mais de Juan e depois da Cristina ter de ficar de cama, ela percebe o quanto gosta dele. Mas ela vai casar e como Juan não se quer intrever no casamento, ele salta para a Cristina. Os dois acabam-se por dar bem, eles falam a mesma linguagem a do sentimento, da vida insegura, rebelde, ao contrário do que a sociedade pensa achar certo. Tudo estava a correr bem, Cristina estava a achar que sentia que tinha finalmente encontrado o que queria (menos para a Vicky que agora sentia que a sua segurança Doug não era o que ela queria) até que chega Maria Elena, a sua ex-mulher maravilhosa mas com quem o seu relacionamento não resultava, visto ela ser problemática. 
Em paisagens espanholas, ambientadas pelas obras de Gaugin, Miró, temos uma confusão no amor, todos os conceitos dão errado, como em muito filme de Allen tudo dá errado. Vicky descobre que algo seguro talvez não chegue, ficando perdidamente a sonhar com o pintor, Cristina não quer a relação a três em que se meteu, mesmo não sabendo o que quer mas tem a perfeita noção do que não quer mais e Antonio parece fadado a não conseguir dar certo com ninguém. Afiadas questões sobre as relações, o amor e a vida, tudo isto acompanhado da guitarra espanhola, por qual Vicky estava muito apaixonado. Scarlett traz a sensualidade e perversidade para uma personagem aventureira, Bardem é o típico artista torturado com a barba por fazer, que se resignou que a vida não tem qualquer sentido (ambos foram os primeiros a serem pensados para os seus papéis), Rebeca Hall está muito bem na "pessoa normal" e Cruz vive a cima das expectativas criadas por Juan Antonio desde que aparece, todo o cast tem uma química e energia perfeita. 
Estamos rodeados por arte, belas sítios, boa música, e uma boa aventura. Vamos ter a sensação já vi isto várias vezes mas eu garanto é uma boa companhia.

Elenco: Scarlett Johansson (Rapariga com Brinco de Pérola), Penélope Cruz (Voltar), Rebeca Hall (O Terceiro Passo), Javier Bardem (Mar Adentro), Patrícia Clarkson (Ela é Fácil), Chris Messina (Argo)
Escrito e dirigido por Woody Allen
Ano: 2008

Curiosidades:
  • Javier Bardem e Penélope Cruz interpretam um casal divorciado no filme. Na vida real eles começaram uma relação enquanto trabalhavam no filme e casaram em Julho de 2010;
  • Para as cenas em que Juan e Maria falam espanhol um com os outros, os atores foram encorajados para improvisar;
  • O filme inclui várias pinturas pelo artista catalão Agusti Puig. Puig foi contratado para criar uma pintura para o filme, e o resultado foi La Protectora mas não foi usado no set;

Trailer (sem legendas)

sexta-feira, 3 de março de 2017

Cinema dos anos 50/60- Parte 3

As últimas décadas da era de ouro do cinema com a música clássica a acompanhar cada cena e que trouxe dos mais brilhantes romances, musicais, dramas e tudo mais. Algumas das obras que ficaram para a história foram:

A Minha Linda Lady (1964)- Com maravilhosos números (vou me lembrar de I could have dance all night para sempre) este lindo e voraz crítico das diferenças sociais, etc, musical foi protagonizado por Audrey Hepburn (memorável) como uma vendedora de flores encontrada por o famoso linguista Professor Henry Higgins (Rex Harrison) um amante fervoroso do inglês que apostou com o Conde Pickering (Wilfrid Hyde-White) que conseguíria em seis meses torná-la uma lady e levá-la para uma festa no palácio onde ela não seria desmascarada. Brilhante até aos ultimos 50 minutos que são desnecessários mas merecedor vencedor de melhor filme, melhor ator, entre outros prémios técnicos graças a tão lúdica, colorida (o que este musical mais tem cor) maneira que distinguem um mundo do rico e do pobre. 

Psico (1960)- Alguns dizem a obra-prima de Alfred Hitchcock, tem como protagonista Marion Grane (Janet Leigh), uma secretária que rouba dinheiro do chefe num impulso, para poder se casar com o namorado Sam Loomis (John Gavin). Quando a caminho da sua loja para, por causa do mau tempo, no Bates Motel. As únicas pessoas que lá estão são uma mãe mentalmente desabilitada e o filho Norman (Anthony Perkins) (personagem em que é focado a excelente série com Freddie Highmore) que vive para ela e o embalsamento de pássaros. Mais tarde Marion é dada como desaparecida e Arbogast (Martin Balsam um detetive é contratado para a encontrar, rapidamente todo começa a apontar para o nervoso, inseguro Bates. É um pesadelo a preto e branco, dividido em 2 partes a 1ª uma fuga, outro um mistério envolvendo um estranho homem. Nomeado para melhor atriz, diretor, cinematrografia e direção de arte, (porque não banda sonora?) é um brilhante horror/thriller necessário com um dos finais mais wtf de sempre.

A Roda da Fortuna (1953)- Fred Astaire é Tony Hunter uma estrela de cinema e dançarino famoso esquecido pelo público é posto numa peça com uma jovem que dizem com um futuro brilhante pela frente, um espetáculo governado por Cordova (Jack Buchanan). Este insiste em transformar a leve e divertida peça escrita pelos amigos de Hunter (Oscar Levant e Nannete Fabray) num tragédia. E dias dificeis vem pela frente na carreira desta estrela cadente (curiosamente exatamente como estava Astaire na época). Oh!, os musicais a moda antiga os deliciosos números de dança, as animadas cantorias, que Vincent Minneli homenageia quase adivinhando o fim do musical que dá lugar as obras de mais substância. Honra estes filmes leves sem uma grande mensagem (nenhuns Faustão) mas que divertem e fazem felizes toda a gente. Exatamente como a peça destes esta é uma diversão que mais tarde não nos lembraremos, estrelado por Cyd Charisse que não se deixa ofuscar pelo grande nome do filme (que faz grandes momentos como a Shine in your Shoes).

quarta-feira, 1 de março de 2017

A Corda

"Bom e mau foram feitos para os homens vulgares que precisavam deles", frase esta proferida pelo mesmo homem que acredita que os privilegiados os superiores, tem todo o direito de assassinar aqueles de vidas insignificantes, no filme de 1948 de Hitchcock, um dos "perdidos" do diretor. Um dos que fazem parte dos que o diretor comprou os direitos para que as suas obras não fossem vistas de maneira alguma, e o público só voltou mesmo a vê-las com a sua morte na década de 80. Este é sobre Philip e Brandon que cometem o crime perfeito, assassinaram o seu amigo David sem falha alguma, pelo simples prazer de o fazer. Levemente baseada na história dos dois famosos homicidas Nick Loeb e e Nathan Leopold, é passada na festa que os protagonistas dão para celebrar o seu crime. Os convidados são o pai e tia de David (Cedrick Hardwicke e Edith Evanson), a amiga Janet (Joan Chandler)  que estava praticamente de casamento marcado com David, o seu amigo Kenneth (Douglas Dick) ex-namorado de Janet, e um antigo professor dos dois homicidas, que sempre lhes ensinou " O homicídio é um crime para uns e um privilégio para outros". Temos John Dall com um particular senso de humor mórbido, com um sádico personagem, carisma para dar e vender tal como autoconfiança e em contraponto Farley Granger, completamente assustado, durante todo o filme está a morrer de medo de ser apanhado, em posição defensiva. James Stewart está aqui também como a antigo professor dos assassinos que serve como um detetive, personagem que nem nós nem eles sabemos como vai reagir se ou quando descobrir a verdade. Baseado numa peça de teatro o diretor insiste em fazê-lo parecer como tal gravando-o com longos planos de sequência, não normal para a época, algo que mais tarde foi descrito como uma exibição pelo próprio diretor, uma experiência que não deu certo algo que praticamente todo o mundo discorda. É também passada em tempo real os 80 minutos são o tempo do jantar (exceto um salto de 20 minutos que nem o mais minucioso repara). Nós somos levados para este jantar com interessantes personagens, particularmente um incrivelmente vil e narcisista no entanto charmoso, queremos saber quando e como vai resultar a sua experiência, e entretemo-nos com o jogo de rato e gato entre Brandon e Rupert acaba, o primeiro vai dando pistas ao outro já que quer que ele saiba o que aconteceu mas quer que ele descubra sozinho. Seguimos em frente graças a um prespicaz diálogo que aos poucos vai revelando novas coisas e carismáticas performances. 
Chegamos a passar pelo amigo aborrecimento, mesmo com o mestre do suspense a comandar graças a durante todo o filme não sentirmos qualquer espécie de intriga ou mistério no ar, porque ninguém menos Rupert desconfia deles (e até esse demora um bocado), eles estão sempre a falar que o Brandon tem algo a ver com o desaparecimento do David mas nunca sentimos que estão prestes a descobrir como. O roteirista Arthur Laurents a quem originalmente o diretor tinha dito que não mostraria o assassinato no inicio criando a dúvida se eles cometeram mesmo um homicidio ou se a arca tinha um corpo, secalhar teria sido uma melhor opção. É essencialmente a obra certa para observar uma mestria técnica, muito a frente do seu tempo que chega ao ponto de conseguir fingir toda uma cidade num estúdio.

Curiosidades:
  • Primeiro filme colorido de Alfred Hitchcock;
  • Foi banido num vasto número de cidades americanas graças a ligeiramente insinuada homossexualidade de Philip e Brandon;
  • Arthur Laurents diz que o elenco costumava tratar a atriz que interpretou a empregada como tal;
  • Como o tempo de filmagem era tão longo, toda a gente fez o possível para não cometer qualquer erro, uma camera dolly chegou a passar por cima de um cameraman, mas para continuar a filmagem ele foi silenciado e afastado. Noutro momento, uma mulher poisa os seus óculos mas engana-se e não a mete na mesa. Uma mão teve de a apanhar antes que batesse no chão. Ambos filmagens manteram-se nos cortes finais;
  • Hitchcock faz uma cameo, caminhando ao longo da rua durante os créditos inicias, o seu perfil aparece também numa publicidade neon visovel pelo apartamento aproximadamente no minuto 55.
Trailer (sem legendas)

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Oscares 2017- Melhor Filme-Parte 2

Mesmo com todas as críticas feitas o Oscar é ainda o mais amado acontecimento de todos os amantes de cinema, e com ele chegam as muitas maratonas, discussões e apostas. E também eu faço parte aqui vai o que penso dos presentes na categoria melhores filmes.

Manchester by the Sea- Na límpida e branca (gelada) Manchester passa-se algo terrível um adolescente acaba de perder o seu pai, acabando aos cuidados do seu tio, um faz-tudo que vive em Boston, profundamente perturbado por um terrível erro do passado. Juntos irão tratar de todas as burocracias, advogados, pápeis, funerárias, sem tentar perder a cabeça, porque literalmente tudo está a pedir para isso. Um dos filmes mais melancólicos que alguma vez vi, onde personagens perturbados se encontram e se esforçam para comunicar: Casey Affleck, a mãe, Willams que está excelente que aparece pouco mas tem uma cena incrivel, a mãe ex-alcoólica Elise Chandler (Gretchen Mol) que não sabe como lidar com o filho, entre outros e Lucas Hedges, com uma interpretação leve e engracada, que o filme precisava. Dirigido e escrito por Kenneth Lonergano, tem uma linda cinematografia, cheio de situações estranhas incómodas para todo o lado, suponho tal como a vida. Diferente, humano, eles esquecem-se de onde meteram o carro, os telefones não funcionam (noutro filme seria usado como o instrumento de roteiro). Um humor azedo, no meio de total desgraça, um filme comovente sobre o luto (e como e dificil/impossivel de ultrapassar). Acho que se estende demais, não é um dos meus preferidos, mas claro tem de ser visto.


Vedações- Tem como protagonistas Maxson, um homem esgotado que passou por muito, não acreditando mais que as coisas podem mudar e Rose uma mulher que se deu pelo seu marido que investiu toda a sua vida naquele casamento e na sua família. Troy foi um ladrão, ficou sem o seu filho e foi preso, ele encontra o seu porto seguro no lar que constroi com Rose, que mais tarde abala, e várias questões conjugais surgem. Fala também de Gabriel (Mykelti Williamson), mentalmente perturbado depois de ter participado na segunda guerra, Lyons (Russel Ornsby) um músico esforçando-se para perseguir o que gosta, Cory (Joan Adepo) que procura a validação do pai assentindo-se assombrado por ele e Bono (Stephen Anderson) que está lá para dar algum juízo ao Troy. O verdadeiro prazer deste filme é ouvir e interiozar cada uma das coisas ditas por estas pessoas, que entram no ouvido e vão diretas para o coração, elevadas pelas interpretações excelentes de todo o elenco mas especialmente Denzel e Viola que captam perfeitamente o tormento e esgotamento das suas personagens (os de atuação é quase certo que este filme leva), para além da sucessiva descoberta de novos problemas, razões e segredos. August Wilson que reescreveu a sua peça para o cinema, não a a torma muito cinematográfica está sempre alguém a falar tornando-se cansativo. Mas de qualquer maneira repleto de poderosos momentos com importantes afirmações socias.

Hell or High Water- Custe o que Custar!- Dois cowbois tentam cumprir o seu plano de roubo, enquanto dois texas ranger os tentam prender, uma história já vista mas nunca um deles era um pai divorciado que não conseguiu pagar a sua pensão de alimentos, que executa o seu plano com o seu irmão Tanner comanche, solitário, ex-presidiário violento. Sempre uma tensão, perigo no ar, um filme que critica e cujo vilão é os bancos, sugadores de qualquer nota que cai nas mãos de alguém. São criminosos, um deles não tem qualquer problema em magoar se tiver de o fazer, mas nós gostamos dele até acreditamos que "os fins justificam os meios". Chris Pine traz uma personagem e sensível ao ecrã, Ben Forest está completamente assustador e Bridges para além da habitual interpretação excelente traz carisma para dar e vender, com cenas mais do que hilariantes com o companheiro indio-mexicano Alberto (Gil Birmingham). A acompanhar esta história temos uma fotografia selvagem por assim dizer, toda ao ar livre e uma soundtrack de Nick Cave e Warren Ellis que era só exatamente o que o filme precisava. Um road trip, crime e um drama com personagens de profunda dimensão, com um passado bem complicado, mas que nos vai sendo revelado subtilmente, graças ao roteirista Taylor Sheridan, divertido (muito), que ainda aborda discriminação, a solidão e os ciclos de pobreza a que alguns estão destinados.

Lion- A Longa Estrada Para Casa- Em 1986, uma criança de 5 anos perde-se do irmão Guddu na estação de comboios, ele foge a um traficante de crianças, vive nas ruas e passa por um orfanato até chegar a Sue e John Brierly que sempre quiseram adotar. Junto com ele, o casal traz para sua casa na Tasmânia Mantosh com vários problemas nervosos. 25 anos depois Saroo (Dave Patel) assombrado por lembranças da família que há muito não pensava tenta, sem se lembrar bem do nome da sua cidade ou do nome da sua mãe, procurar o seu outro lar com a nova invenção Google Earth. O Sunny Pawar (criança Saroo) é excelente quebra-nos o coração só olhando para a sua expressão confusa e perdida. Nenhuma palavra está a mais nesta obra de Garth Davis, adaptado da autobiografia de Saroo, um olhar é mais do que suficiente aqui com este talentoso elenco preenchido por Nicole kidman, Rooney Mara e David Wenham. Algumas coisas não tem realmente uma boa razão para acontecer, mas esta adaptação de Saroo Brierley consegue colocar dificeis problemas e levantar algumas questões numa história que habitualmente costuma ser bem simples. Não faz importantes afirmações, é apenas e só uma excelente embora confusa jornada de um homem em busca da sua família e identidade.

Provavelmente leva LaLaLand (a minha terceira escolha) ou Moonlight
Queria Hell or High Water ou Arrival

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Filmes sobre adolescente

Ah esta juventude de hoje em dia! Na minha época era diferente.. A essência adolescente porém mantém-se impulsividade, confusão, calão, não saber bem que dizer.

Edge of seventeen (2017)-Crescer ainda fica mais dificil para a anti-social adolescente Nadine quando a sua melhor-amiga começa a namorar com o seu irmão Darian (Blake Jenner, bom em tornar um estereotipo real) uma estrela desportista, popular e bom aluno. Sente-se mais sozinha do que nunca o que a leva a tomar decisões um tanto ou quanto exageradas/impulsivas. Até que a amizade com Erwin (Hayden Szeto) lhe dá a esperança de que talvez o mundo não esteja contra ela. Muito simples história mas com verdades ditas nunca antes, a realidade é palpável, muiiito engraçado (a maior parte nas cenas de Harrelson), e emocionante, com ações não baseada numa estrutura predefinida do género mas puramente nas intenções e desejos da personagem, excecionalmente construída com a interpretação de Hailee Steinfeld, que concentra em si alguém perdido, pessimista, com uma autoestima péssima, perversivamente divertida, e tão autocentrada.

The DUFF (2015)- Enquanto pensa que vivia num mundo melhor onde não há rotulos, Bianca apercebe-se da existência de"duff", traduzindo à letra a amiga feia e gorda designada. Sabendo que cai nesse rótulo Bianca decide largar as suas amigas mais atraentes e populares Jess e Casey, Skyler Samuels e Bianca Santos) e dar uma volta a sua imagem com a ajuda do vizinho que ama odiar Wesley (Robbie Amell). Com o tempo Bianca chega a última fase a aceitação apercebendo-se que somos todos duffes, há sempre alguém melhor que nós. Grande química entre o par principal cada um aacrescenta mais a interpretação do outro, engraçado sempre, com uma sacada fantástica no uso da internet, as amigas afastam-se quando começam a deixar de se seguirem nas múltiplas redes socias, o uso do vídeo, que já vimos mas não com o maravilhoso snapchat e os efeitos que tem, "what´s an hashtag?, etc") e entre as personagens e momentos que brincam com os clichés. Levemente inspirado no livro do mesmo nome de Kody Keplinger, com um ou dois instrumentos de roteiro péssimos, mas perdoável por personagens absoltutamente adoráveis.

Quase famosos (2000)- Um jovem de 15 anos tem a oportunidade de escrever para a Rolling Stones sobre uma nova banda os StillWater. Na sua tour conhece Penny Lane (Kate Hudson, radiante), entra no mundo sexo, drogas e rockn'roll no momento em que a música está a morrer. Uma autobiografia de Cameron Crowe, assente no espírito dos anos 70, com libertinos e libertinas desejosos da vida. Patrick Fugit é a criança inocente criada por uma professora de universidade, que não acredita na palavra não, no rock porque trazem as drogas, no Natal é comercializado, e agora é lançado num novo mundo e na realidade faz um excelente trabalho a descrevê-lo. Crowe faz um excelente trabalho. A fazer-nos conhecer "as ajudantes de banda" (Anna Paquin,etc), os rock n´roll as festas, o sentimento antes e depois dos concertos, é um filme de atmosfera e de roteiro, acompanhado de uma banda sonora excelente já uma marca do diretor e com dicersas cenas emblemáticas. Injeta amor e alma na sua possível obra-prima, repleta de cenas emblemáticas, que flui tão naturalmente, é um daqueles em que estamos sempre a descobrir mais alguma coisa sempre que virmos. Claro, não é um documentário não foi assim que as coisas aconteceram, mas ninguém lhe pediu tal.

Mulheres do Século XX

Indicado ao oscar de melhor roteiro, este é definitivamente um dos esnobados do ano para melhor filme. Um completo auto reflexivo filme sobre uma mulher nascida na Grande Depressão e o seu filho, um adolescente que cresce na época das drogas, do Nixon, da guerra do Vietname, que vivem com uma fotografa desiludida Abbie (Greta Gerwing) e William (Billy Crudup). Elle Fanning completa o elenco principal com Julie, uma adolescente perdida (como toda esta gente), festiva em quem Jaime tem uma enorme paixão. Jamie está a crescer a mãe, Dorothea Fields não sabe mais como o perceber, o que fazer então pede ajuda a amiga dele e a Abbie, o que elas lhe indicam é um caminho que leva a descoberta do mundo lá fora (perigoso), sai a noite, bebe, e descobre sobre as mulheres. As mulheres que querem sair das concepções onde até então estavão inseridas, querem poder não servir não só para o que os homens acham mas também para as regras que as mulheres mais velhas transmitem as mais novas, a quantidade de coisas que dizem é errado ser feitas e o problema de falar abertamente sobre elas. O seu maior tema é o amor, e a liberdade, entra também no feminismo e sobre o tempo o futuro e as alturas dificeis de passar, quem está lá para passá-las contigo e secalhar ja não estarão depois.
Fotografia linda, uma tumblr foto, flashs psicodélicos nas viagens, vão aparecendo polaroids, imagens, vídeos (o discurso da crise de confiança de Carter essencial na mensagem do filme) para nos enquadramos em cada um dos momentos importantes para cada uma destas pessoas. Crudup (Quase Famosos, O Grande Peixe), muito bom já tinha saudades de o ver em grandes filmes e Annette Bening (Beleza Americana, Uma Noite com o Presidente) que interpreta a mãe de Mike Mills (igualmente diretor e roteirista de Assim é o Amor) sendo esta uma semi-autobiografia e interpreta perfeitamente esta sozinha e independente melhor, temos aqui uma boa estreia no cinema para Lucas Jade Zumann e Elle Fenning (Maléfica) e Greta Gerwing (Frances Ha) também estão bem. Tocantes e honestos diálogos que dizem demasiadas coisas para enumerar tudo e personagens complexas e de quem gostamos.
Não tem um tão dificil conflito, nem uma tão grande história. E simplesmente um filme sobre a vida, musica, filmes, momentos e pessoas. Entretêm faz pensar e é daqueles para rever.

Curiosidades:
  • Durante os ensaios, o elenco foi encorajado a trazer música que as suas personagens ouviriam. Depois para encorajar a familariedade dentro do elenco, haveria uma festa de dança onde a única regra foi que toda a gente tinha de dançar, não interessava a música que era;
  • Como a sua personagem é baseada na mãe do diretor, Bening viu muitos dos filmes preferidos de Mills, incluindo A Porta das Estrelas (1937) e filmes estrelados por Humphrey Bogart, cujo um deles Casablanca aparece no filme.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Animais Noturnos

Tom Ford, o designer da Gucci, realiza o seu segundo projeto depois de Um Homem Singular, com Colin Firth de 2009, protagonizado por Jake Gyllenghal e Amy Adams. Edward e Susan que antigamente formavam um casal. Passados 20 anos da última vez que se viram ele envia-lhe um manuscrito do seu livro Animais Noturnos que vai publicar dentro de meses, dedicado a ela. Um livro sobre um homem que perde a sua mulher e a sua filha depois de um gangue se entrepôr no caminho deles e que se junta ao xerife para prender os culpados. E a medida que o vai lendo Susan Borrow, uma mulher miserável presa num casamento infeliz e num trabalho que já não lhe dá alento, revê a sua vida com Edward e todos os momentos e decisões que a levaram onde está hoje. O livro é um poderoso conto sobre um homem que quer vingar-se do homem que lhe tirou a mulher e a filha, é cruel e violento, ao mesmo tempo justo, um paralelo e uma alegoria pelo menos segundo o que Borrow pensa. O final é para ser discutido, algo estabelecido pelo próprio diretor, com várias interpretações, todas elas sobre memórias e mudanças e coisas que não podemos deitar fora porque talvez nunca as possamos reencontrar, sobre oportunidades perdidas. É isto é sobre o que é este filme, um thriller dramático, sobre pessoas que não tentam e que perdem mas sempre tem a oportunidade de reavaliar os seus erros e mudar a sua vida. Pode ser visto como trágico ou como esperançoso na verdade (se acreditarmos que aquele foi o primeiro passo.), fala de uma nova maneira de ser, do poder de catarse da arte.
Brilhante banda sonora que transforma cada um dos momentos mais intrigantes, o visual é para o reforço da história, as cores, as vestimentas, a arte (o quadro a dizer Revenge, etc) tudo é um símbolo. Torna-se distante, não sofremos verdadeira com as personagens mas secalhar até era o propósito. Um diretor consegue torná-lo escuro, aterrorizante, perturbador, com sempre coisas novas a serem descobertas e assim nunca aborrecido. Baseado no livro Tony e Susan de Austin Wright, tem como personagens secundárias Aaron Taylor Johnson, como não um psicopata doidão, um psicopata humano que bem podia passar despercebido, Michael Shannon nomeado para ator coadjuvante, fazendo um grande trabalho como o xerife Andes e os dois atores protagonistas dos mais injustiçados do Óscar agora que o DiCaprio já foi. Adams consegue ser uma mullher perturbada, que não dorme graças as tantas preocupações na sua cabeça apenas com os seus olhares, não gritos nem gestos fora de todo o sentimento de restrição do filme. E terem escolhido a Isla Fisher para mulher do Tony por ser tão parecida com a Amy foi só genial.
Acho que merecia indicação de melhor roteiro... É para ser visto.

Curiosidades:
  • Referências artísticas no filme incluem, uma escultura de "um cão balão" de Jeff Koons, uma fotografia de Richard Misrach, uma pintura de John Currin na galeria de Susan, uma escultura de Aaron Curry, muitos dos trabalhos vieram da coleção privada do diretor;
  • Laura Linney interpreta a mãe de Amy Adams e na realidade ela é apenas 10 anos mais velha que ela;
  • Mesmo sendo designer de moda, Ford escolheu deixar os figurinos para os figurinistas. nenhum produto de Tom aparece no filme isto porque, o diretor não queria um anúncio;
  • Com o globo de ouro de Aaron, ficou marcada a primeira vez em 40 anos que o vencedor para melhor ator coadjuvante não recebe uma nomeação para os Oscars. A última vez que tal aconteceu foi com Richard Benjamin por Uma Parelha de Chatos.


sábado, 11 de fevereiro de 2017

Oscares 2017- Melhor Filme-Parte 1

Mesmo com todas as críticas feitas o Oscar é ainda o mais amado acontecimento de todos os amantes de cinema, e com ele chegam as muitas maratonas, discussões e apostas. E também eu faço parte aqui vai o que penso dos presentes na categoria melhores filmes.


Elementos Secretos- A história nunca contada de como três mulheres africanas/americanas definiram as primeiras viagens ao espaço. Elas são Katherine Johnson, Dorothy Vaughn e Mary Jackson, "computadoras" matemáticas que enfrentaram todos os obstáculos, que se interpunham nos seus direitos a terem o título que merecem tendo em conta o cargo que fazem, a oportunidade de estudar nos sitios que as levarão mais alto e um cargo equivalente as suas, com dignidade e força. Transmite bem o tempo onde é inserido e a ansiedade de cada um dos americanos de estes serem os primeiros a levar um homem a lua antes dos russos,é um feel good movie com uma soundtrack, cenário e figurino animado. Porém pergunto-me com uma história incrível, excelentes interpretações de carismáticas e famosas atrizes é difícil entender porque é que Theodore Melfi teve a necessidade de recorrer a tantos momentos mastigados, óbvios, facéis de mais, parece que uma história já estava feita e era só acrescentar os nomes e os factos da vida das personagens. Porém não é mau graças a Octavia Spencer, a Jonalle Monáe e a Taraji P. Henson, que dão densidade a estas personagens, e humanidade (e aqui o roteiro ajuda). Muitas vezes é engraçado, as interações entre o trio são fantásticas e é uma história muito mais do que importante e sim inspiradora e emocionante. É impossível não gostar deste filme só que podia ter sido muito melhor.

O Primeiro Encontro- Dra. Louise Banks (Amy Adams) uma linguista renomada é contratada pelo governo dos Estados Unidos para descobrir o que é que os chegados querem com a terra. E é no meio das pressões de diferentes fontes, a China que quer ir a guerra, os E.U que querem despachar o processo imediatamente, a população que já está a entrar em pânico, graças a falta de informação que está a receber. Com um tom bem escuro, sóbrio, misterioso tem a sua originalidade quebrada por um ou dois clichês (claro que era a China a que quer bombear tudo e os E.U os mais racionais), foi realizado por Denis Villeneuve de uma maneira fluida e precisa, os efeitos especiais e cenografia fantásticos, consistentemente temos tenção no ar, será que ela vai conseguir será que alguma coisa vai explodir e estragar tudo, o drama para saber o que se passa com ela, etc. Ainda fazem parte Forest Whitaker e Jeremy Renner a outra parte da teoria deste filme algo estranha(?), bem construída mas dificil de engolir e assim a terceira parte cai um pouco mas não deixa de ser brilhante. Um filme que não sai da sua cabeça facilmente, que o vai fazer pensar e debater, uma ficção que nunca é tratada como tal através dos dados cientificos, os protocolos militares. Talvez uma das melhores abordagens sobre a necesisdade da comunicação, aposto que leva o roteiro adaptado e de som.

O Herói de Hacksaw Ridge- Andrew Garfield interpreta Desmond Doss um objetor de consciência que decide inscrever-se na guerra não para não matar o inimigo mas salvar vidas. Inicialmente o seu batalhão dá-lhe problemas por ele não pegar em armas, tentam de tudo para que ele se vá embora. Mas ele fica e na batalha de Hacksaw salva mais de 70 soldados. Esta é a história real do único pacifista a ter ganho uma Medalha de Mérito do congresso norte-americano por serviços prestados à Patria. O terror, a violência da guerra neste drama é muito bem conseguido, amigos perdendo-se uns outros, tripas sangue por cima de outros soldados.. A maneira como eles ultrapassam o problema de ele não poder ir para a guerra veio bem ao calhas, aliás algumas partes do roteiro eram bem idiotas. Mas não todas, vários momentos serviam para realmente entrar na cabeça dos soldados, para criarmos empatia com eles e entendermos que a guerra não poupa ninguém, algo ajudado pela direção de Mel Gibson que te coloca lá dentro e não tem problema algum em dar pesadelos aos espectadores.Tem excelentes interpretações, Garfield está muito bom e Teresa Palmer é um bom par, consegue criar um conflito com o personagem principal e Hugh Heaving está bem também. É assim que se faz uma homenagem que se conta uma história de alguém incrível, não vinalizando o que lhe dificultou a vida, nem tornando-o num santo, mostrando-o apenas como alguém que não desiste das suas convicções, porque são essas que "fazem o homem".

Moonlight- Barry Jenkins conta-nos a história de um rapaz de Miami, o seu crescimento em ruas dificeis, com pessoas dificeis e uma mãe com muitos problemas (algo em comum com a vida do diretor), felizmente o rapaz podia contar com Juan (Maershala Ali, indicado para melhor ator coadjuvante) e Teresa (Janelle Monáe). Está divida em três partes a primeira em criança, Little (Alex Hibbert) que sofre com a perseguição dos colegas que lhe chamam "panasca"que ele nem entende o que é, Chiron (Ashton Sanders) aqui ele chega aos extremos com a perseguição dos seus colegas e transforma-se no Black (Trevante Rhodes), o produto duma infância com diversos problemas, a perda da doce criança para o gangster mauzão (soa como se fosse um estereótipo mas não é na verdade). Um filme de momentos, de excelentes interpretações, e realidades palpáveis, momentos emocionantes um atrás dos outros. Momentos crus, verdadeiros, acompanhados por uma poderosa trilha sonora de violino (que ás vezes só tá lá para tornar as sequências mais ao estilo arthouse, não sei não calhou bem para mim), e com um visual muito poético, muito a tempo do momento que estamos a viver. Como excelente par de Chiron está Kev (Andre Holland), grande química entre os dois, com uma das melhores cenas de reencontro com Stranger de Barbara Lewis à mistura e o um final causador do sorrisinho. Um low budget filme, nomeado para 8 óscares, o favorito de muitos, com Naomie Harris como uma grande aposta e que dizem estará numa grande luta com La La Land.


domingo, 29 de janeiro de 2017

La La Land- A Melodia do Amor

Damien Chazzelle (Whiplash-Nos Limites) (o que tem os filmes deste diretor e os subtitulos desnecesários?) traz um filme mágico, Amado, ele sempre o quiz fazer, aliás Whiplash só foi gravado porque nenhum estúdio acreditava no potencial de La La Land antes. Um musical do gênero da era de Ouro do cinema sobre uma wannabe atriz que trabalha como barista e um pianista que recusa a que se pise no jazz, que está farto que este seja tratado como música de fundo. Quem é que quereria ver isso?
Aparentemente muita gente. Muitas pessoas correram para os cinemas assim que estreou em Portugal por causa de todas as nomeações dos Óscares com certeza, mas não só. Eu estou ansiosa para o ver há mais de dois meses. Todos os trailers/vídeos mostravam cinematografia vinda dum sonho, músicas excelentes e uma história sobre dois esperançosos, um deles uma rapariga desejosa de entrar dentro daqueles ecrãs, de fazer parte do cinema, o que eu imagino que seja o desejo da maioria de todo o amante de cinema. Mas infelizmente para Mia o mundo não precisa de mais atrizes e os jovens não querem mais jazz clássico Sebastian. E este casal tem então de travar uma dificil batalha pelos seus sonhos enquanto estão juntos e enventualemente percebem que secalhar os dois não vai dar.
O que é trágico porque eles são um casal perfeito, eles apoiam-se mutuamente, eles têm química, cumplicidade até dizer chega (já fizeram de casal em outros dois filmes), não é errado pensar que eles pertencem um ao outro. Emma Stone está incrível, no papel de uma atriz que desistiu da escola para tentar a sua sorte em L.A tal como ela, o Ryan Gosling está muito bem, eles não cantam tão bem como outros casais em musicais mas esse era mesmo o objetivo do diretor que não fosse tudo tão perfeito. No elenco ainda estão Rosemarie DeWitt (Cinderella Man) e J.K. Simmons (Homem-Aranha), o figurino está qualquer coisa, é vibrante e animado, cheio de cores primárias e a maioria dos frammes e momentos (o final embora doloroso lindissíma) que parecem obras de arte.
Um final absolutamente doloroso, bem diferente dos clássicos musicais aqui referenciados que serviram de inspirações (Serenata á Chuva, Chapéu Alto, Os Chapéus de Chuva de Cherburgo, Ritmo Louco, etc), não é possível ter tudo, a vida não é perfeita. Ás vezes tem de se escolher, e é possível que fiques toda a vida a pensar se foi a decisão certa. A maior parte das pessoas fica a falar de City of Stars, mas não esqueçam Here's to the fools who dream, que mereceu o seu momento arrepiante. a abertura com Another Day Of Sun, uma fantástica plano sequência com piruetas, cambalhotas no trânsito. Um ode à arte, a música, ao cinema que infelizmente tem de evoluir mas nunca morre a demasiados sonhadores para que isso aconteça.
Chazelle queria que este fosse um musical que não apelasse só aos fãs de musicais e foi bem sucedido. Corra para os cinemas, e cuidado que há noite tem estado sempre esgotado.

Curiosidades:
  • Emma Watson recusou o papel de Mia devido a conflitos de horário com o seu outro papel em Bela e o Monstro, enquanto Ryan Gosling desistiu do seu papel como Monstro para estar em La La Land; 
  • A cena da audição de Mia quando está é interrompida pelo diretor do casting para atender um telefonema foi inspirada numa das audições de Gosling;
  • Ganhou sete globos de ouro, mais do que qualquer filme na história e foi o filme mais nomeado para os Óscares, título que partilha como Titanic (1997) e Eva;
  • O titulo vem do facto de a cidade onde o filme se passa é Los Angeles, cuja abreviatura é LA e depois por desafiar o esteriotipo de Hollywood, dizendo que é um sonho:
Trailer


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O Rei da Comédia

Martin Scorsese traz-nos a história de um aspirante a comediante no corpo de Robert DeNiro que parece ter a sua oportunidade quando consegue falar com Jerry Lanford, no final do seu show, e lhe pede para ele ouvir o seu trabalho. E a partir de agora, é apenas e só por isso que ele vai guiar a sua vida e todas as suas ações que vão chegar a lugares muito extremos. Uma sátira, uma comédia negra sobre o mundo do espetáculo as pessoas que só se importam com o dinheiro e com o teu trabalho, não contigo, as fãs loucas, as doentes personificadas na Masha (Sandra Benhard), as pessoas que acham que agora que és famoso tens de parar a tua vida para as atender (como quando a velhinha diz a Jerry para que ele fale com o seu familiar que está no hospital e quando ele recusa ela diz "Espero que apanhe cancro", algo que aconteceu com Jerry Lewis) e principalmente sobre o quanto é difícil de lá entrar e será que tanto trabalho vale a pena.
Jerry Lewis (secalhar a passar por muitas coisas já experienciadas?) está lindamente no papel do famoso algo egocêntrico comediante, Sandra também está bem e De Niro rouba o show neste psicopata que nós conseguimos simpatizar, é ele que nos ensina que mais vale ser The King só por uma noite do que idiota para o resto da vida. Fazem parte também Diahnne Abbott (na altura mulher de DeNiro) como Rita, como uma das miúdas mais populares da escola na sua altura a única que podia fazer par com o nosso rei. 
Perturbador, incomodativo, funciona melhor como um estudo de personagem, várias aliás personagens tão sozinhas, sem qualquer intenção de dar espaço e atenção aos outros, graças ao excelente roteiro de Paul D. Zimmermane a personagem de DeNiro que se vai desembrulhando e desembrulhando, não tão engraçado mas sim dramático e funciona bem como um thriller, Tony Randall participa neste trabalho de 1982 de Scorsese.
Não sei se é assim tão necessário como alguns dizem.

Curiosidades:
  • O diretor faz uma participação como diretor do programa e a mãe deste como a voz da mãe do Rupert, o advogado de Jerry é o verdadeiro advogado do diretor;
  • Lewis improvisou a cena "Sou só um ser humano" e ele e Bernhard improvisaram todos os momentos enquanto estavam juntos;
  • Martin disse "I probably should have not made the film" e que Spoiler Alert "I thought the movie was just a one-line gag: You won't let me go on the show, so I'll kidnap you and you'll put me on the show";
  • O nome inicial da personagem de Jerry era Bobby mas Lewis sugeriu que o seu primeiro nome ficasse para que eles pudessem filmar as reações das pessoas que o reconhecessem a passar, os únicos atores foram atores exceto a mulher ao telefone e o taxista.

domingo, 22 de janeiro de 2017

Citações de Filmes

O que faz uma boa quote? A resposta mais habitual é ser criativo, diferente, engraçado, poder ser aplicada em várias lugares mas ao mesmo tempo tem algo distinto e único. É ser a frase certa no mais exato momento. Alguns dos que conseguiriam mais quotes foram Quentin Tarantino, Francis Ford Coppola, etc. Para as relembrar de algumas aqui vai então um jogo. 

Quem diz:
1.Say "what" again. Say "what"again, I dare you, I double dare you motherfucker, say "what" one more Goddamn time!
2.Here´s looking at you kid?
3.Alright Mr. De Mille I´m ready for my close up?
4.Roads? Where we´re going, we don´t need roads.?
5.This is the beginning off a beautiful friendship?
6.We´re gonna need a bigger boat?
7.Every time a bell rings, an angel gets his wings?
8.Mama says "Stupid is as stupid does"?
9.I mean, funny like I´m a clown? I amuse you?
10.As if?
11.Forget it, Jake. It´s Chinatown?
12.Houston, we have a problem?

Curiosidades:
  • O que foi dito na missão foi "Houston, we've had a problem" não "Houston we have a problem";
  • O primeiro rascunho acaba com Claude Rains não Bogart a dizer "This is the beginning of a beautiful friendship" e Bogart responderia "Yes, but don't forget you still owe me 10,000 francs.".
Veja o vídeo abaixo para continuar a jogar

Soluções:
  1. Jules em Pulp Fiction
  2. Rick Blaine em Casablanca
  3. Norma Desmond em O Crepúsculo dos Deuses
  4. Doc em Regresso ao Futuro II
  5. Rick Blaine em Casablanca
  6. Brody em Tubarão
  7. George em Do Céu Caiu uma Estrela
  8. Forrest em Forrest Gump
  9. Tommy DeVito em Tudo Bons Rapazes
  10. Cher em As Meninas de Beverly Hills
  11. J.J Gittes em Chinatown
  12. Tom Hanks em Apollo 13

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Filmes dos anos 70- Parte 1

A fundação da Apple, o fim da guerra do Vietname, foi lançado a Odissey o primeiro video-jogo do mundo, morre Elvis, acabam os Beatles, a década 70 foi definitivamente marcante, e especialmente no cinema em que saiu:

Os Homens do Presidente (1976)- Carl Bernstein (Dustin Hoffman) e Bob Woodward (Robert Redford) dois jornalistas pertencentes ao Washington post são encarregados de investigar os cinco ladrões que invadiram a Watergate na noite passada. Aos poucos vão descobrindo os verdadeiros contornos da história, vai ser dificil é conseguir prová-lo já que ninguém se quer envolver em aparentemente uma história pequena. Empolgante, nós já sabemos o resultado, a demissão do presidente, mas é interessante apercebermos de todos os detalhes de um dos casos mais famosos de corrupção de sempre, faz parte da triologia de Alan J. Pakula.

Grease (1978)- Sandy (Olivia Newton-John) e Danny (John Travolta) conhecem-se e apaixonam-se no verão mesmo sabendo que Sandy irá para Austrália no novo ano. Os planos da menina bonita mudam, ela vai para a mesma escola de Danny, mas isso não significa que uma relação entre eles vai existir. Visto que Danny é o valentão que não pode ser visto a gostar de ninguém e Sandy é rapariga bonita e "sonsa". É alegre, colorido, divertido não é só uma história sobre o casalinho é sobre uma rapariga não tradicional, sobre uma que não sabe o que fazer com o seu futuro, sobre alguém que tem medo de cometer um erro terrível, rock 50´s.

Tubarão (1975)- Um tubarão aparece nas águas de Amity, uma ilha conhecida pelas suas belas praias. A assustadora criatura vai ter muito alimento, visto a associação da sociedade recusar o pedido de Chefe Brody (Roy Scheider) de fechar a praia, durante a época balnear. Por isso ele e Matt Hopper, o biólogo pedido (Richard Dreyfuss) partem com Quint (Robert Shaw), um veterano da guerra para matar o tubarão de uma vez. Thriller de suspense que institui o conceito blockbuster, que não cai na paródia graças a mestria do diretor que transforma os momentos assustadores em puro terror, e em tantos momentos sentirmos que estamos ao lado deles. 



quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Filmes de Natal

O momento do ano para juntar a família à volta da mesa cheia de deliciosas iguarias, ao lado da árvore de natal, para uns abrir prendas ... já passou. Mas para quem quer recuperar o espirito natalício partilho os meus filmes de natal favoritos:

O Estranho Mundo da Jack (1993)
Jack é o mestre das abóboras o mais assustador da cidade de Halloween, ele faz um enorme sucesso, mas está cansado, está farto de fazer a mesma coisa todos os anos. E é que então vai parar a Cidade do Natal, fascinado com as luzes, os enfeites, os presentes, a alegria, decide fazer com a sua cidade o Natal. Só que ele não percebe muito bem o conceito natalício.

        Um Conto de Natal (2009)
Adaptado do conto de Charles Dickens, para mudar o triste destino do avarento Scrooge, o seu ex-parceiro de negócios consegue que os fantasmas do passado, do presente e do futuro o assombrem. Nesta viagem ele vai aperceber que é a família que importa, qual é o verdadeiro significado do Natal e que por muito que queira ele não vai levar o dinheiro para a campa.


Do Céu Caiu Uma Estrela (1946)
George Bailey, um homem frustrado preso na sua pequena cidade, vai se tornando cada vez mais triste e frustrado até que chega ao fundo do poço e decide suicidar-se. E é aí que entre um anjo prestes a ganhar as asas que lhe mostra como seria a vida das pessoas a volta dele se ele não existisse. Um homem com amigos nunca é pobre é a principal mensagem deste grande clássico.


Uma História de Natal (1983)
 Ralphie um rapaz na década de 40 quer apenas uma coisa de presente de Natal uma Red Ryder Range 200 Shot BB Gun mas a mãe não lha vai dar dizendo que vai acertar no seu olho então ele terá de fazer todo o possível (para um rapaz de nove anos) para ter o seu presente. Entretanto o seu pai finalmente ganha um prémio, que não agrada a mãe, Ralphie diz a frente dos pais a palavra começado com F,...

Arthur Christmas (2011)
O filho mais novo e desastrado do recorrente Pai Natal parte numa missão (secreta inicialmente) para entregar o brinquedo de Gwen, a criança que o velho das brancas brancas falhou a dar o presente porque ao contrário do que o seu pai e irmão pensam em circunstância alguma uma criança será esquecida. Mas GPS mal usados, perda de renas e serem enganados por aliens entre outras coisas vai complicar a missão.
Milagre em Manhattan (1994)
Kriss Kringle, um homem que Dorey Walker encontrou na rua e tornou no Pai Natal da Cole´s onde é diretora de projetos especiais, tem de provar no tribunal e a família Walker sem fé e magia que ele é o Pai Natal. E para tal vai ter a ajuda de Bryan Bedford e da própria cidade que agora é capaz de ignorar o instinto humano de egoísmo e ódio e acreditar em algo bom.
Elf- O Falso Duende (2003)
Buddy que viveu toda a sua vida no Pólo Norte acreditando que era um duende descobre que foi adotado e que é Humano, o que o leva numa viagem até a Nova Iorque em busca do seu pai, que está na lista dos mauzinhos. Na sua viagem conhece a forma de viver das pessoas, apaixona-se e aproxima-se da sua família. Mas a adaptação não está a ser fácil e o seu pai não parece querer mudar.
Os Ricos e Pobres (1983)
Mortimer decide fazer a sua boa ação de Natal e propõe ao seu irmão Randolph que tragam um pobre vigarista e o tornem um funcionário da sua empresa, entregar-lhe-ão uma casa e uma nova vida. Discutem se é o homem que é ladrão e criminoso ou se é o ambiente em que você que o proporciona, para resolver a situação fazem uma aposta em que para além de ajudar Ray e dar-lhe boas condições vão destruir a vida de Louie.
Santa Cláusula (1992)
Quando Scott acidentalmente mata o Pai Natal tem de vestir a sua roupa e tomar o seu lugar. E desde que vistamos a vestimenta do velho das barbas brancas nós tornamo-lo nele então este dado triste divorciado começa a ganhar barba, peso e um inexplicável amor por junkfood. Mas como é que ele vai explicar este mudança a família que não acredita no Pai Natal?
Grinch (2000)
Um who desprezado pelas seus companheiros foge para as montanhas e aí planeia ficar toda a sua vida, odiando o Natal. Nessa cidade vive também uma menina chamada Cindy Lou Who que acredita que ninguém deve ficar sozinho no Natal e por isso quer trazer o Grinch de volta. Mas as suas boas intenções parecem sair furados quando Grinch decide acabar com o Natal.